sábado, 1 de dezembro de 2012

Um Lugar no Bosque

Artigo publicado na Edição de Dezembro/2012, Revista Expansão. 

Era uma vez um mestre, muito conhecido na comunidade onde vivia. Todos diziam que era um homem sábio e tão puro que Deus escutava suas palavras. Naquela comunidade havia uma tradição: Todos aqueles que tinham um desejo ou algo que não conseguiam, iam falar com o mestre. Ele os ouvia e, uma vez por ano, em um dia muito especial que ele mesmo escolhia, levava a todos juntos a um lugar no bosque. Conta a lenda, que neste local o bem suave, celebrava uma oração. E dizem que Deus gostava tanto daquelas palavras, e que lhe agradava tanto o fogo armado daquela forma e que queria tanto àquelas pessoas reunidas ali no bosque, que concedia todos os desejos.

Quando o mestre morreu, seus fiéis perceberam que ninguém sabia quais eram as palavras que ele utilizava. Mas conheciam o lugar e sabiam como armar a fogueira. Assim, uma vez por ano, seguindo a tradição que o mestre tinha lhes ensinado, todos aqueles que tinham desejos insatisfeitos se reuniam no mesmo lugar. Lá, ascendiam o fogo e , como não conheciam as palavras do mestre, entoavam cantos ou simplesmente se olhavam e falavam sobre os seus desejos. E dizem que Deus gostava tanto do fogo armado daquela forma e que queriam tanto àquelas pessoas reunidas ali no bosque, que concedia todos os desejos.

O tempo passou e hoje não sabemos onde fica o lugar, nem sabemos como armar àquela fogueira e muito menos quais eram as palavras. Mas sabemos desta história, que basta que alguém a relate e que alguém a relate e que alguém a escute para que Ele conceda qualquer desejo. Que Deus nos conceda a bênção de termos uma vida Cada Vez Melhor.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Tenha suas Metas por Escrito

Artigo publicado na Edição de Agosto/2012, Revista Expansão.

Recentemente, em uma de nossas palestras, uma pessoas de público fez a seguinte pergunta: ‘Se eu lhe desse apenas dois minutos, que dica você me daria para ter mais sucesso na vida?’. Eu respondi:

Em 1979, na universidade americana de Harvard, foi realizada uma pesquisa, em que  foi feita a seguinte pergunta a todos os formandos do programa de MBA: ‘Você estabeleceu metas claras, por escrito, para o seu futuro e fez planos para concretizá-las?’.

Verificou-se que a maioria dos entrevistados, mais precisamente 84%, não tinha qualquer tipo de meta, a não ser terminar o ano letivo e curtir o próximo verão. Uma minoria, 13%, tinha metas, mas não por escrito. Apenas 3% dos formandos declaram ter metas claras, específicas e ‘por escrito’.

Dez anos depois, em 1989, os pesquisadores voltaram a entrevistar as mesmas pessoas e constataram que os 13% que tinham metas, mas não por escrito, estavam ganhado, em média, o dobro dos 84% de estudantes que não tinham meta alguma.

Mas, o mais surpreendente foi que os 3% de formandos, que tinham metas claras e ‘por escrito’ ao deixarem Harvard, estavam ganhando, em média, dez vezes mais que os outros 97% juntos.

A principal diferença entre os grupos estava na clareza das metas e no fato delas estarem planejadas e por escrito. Esta pesquisa pode ser encontrada no livro O que não é ensinado na Escola de Administração de Harvard, do autor Mark McCormack. Particularmente, eu já tive a oportunidade de falar para milhares de pessoas em nossas palestras e se me dessem apenas dois minutos para me dirigir a você e eu pudesse lhe transmitir apenas uma ideia que o ajudasse a ter mais sucesso, eu diria: ‘anote por escrito suas metas, faça planos para alcança-las e trabalhe diariamente focado nesta direção. Certamente, você terá uma vida cada vez melhor’.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Conflito de Gerações

Artigo publicado na Edição de Junho/2012, Revista Expansão.

‘Daniel se souber de uma pessoa comprometida para trabalhar conosco, por favor, avisa-nos. Parece que essa gurizada de hoje não quer nada com nada. O que será que está acontecendo?’

Pois eu lhes digo que tudo o que está acontecendo se resume em uma palavra: mudança. Mudança de linguagens, de opiniões, de hábitos e atitudes. Os jovens sempre foram os que mudaram o mundo e, ultimamente, eles o têm mudado muito mais.

Baby Boomers: esta geração teve início logo depois da segunda guerra mundial e recebeu este nome, pois a taxa de natalidade havia aumentado muito, em muitos países. Quando chegaram à adolescência, na década de 60, começaram a mudar o mundo. Com a ajuda da música, foram mudando velhos costumes, lutando pela liberdade, protestando em favor das minorias e contra a injustiça.

Geração X: se os Baby Boomers já tinham causado grandes mudanças, do que os seus filhos seriam capazes? Esta geração, que nasce a partir dos anos 60, era uma incógnita e, por isso foi conhecida como geração Z. Se a geração Baby Boom conquistou o território da juventude, a geração X organizou esse território. Eles se dividiram em vários grupos: roqueiros, punks, góticos, além daqueles influenciados pela cultura hip-hop das danceterias e das raves. Ou você era dessa tribo ou não era.

Geração Y: e foi nesse mundo fragmentado que surgiu a geração seguinte, os bebês que nasceram por volta da décadas de 80 e 90. Esses bebês são a ‘geração Y’ e tornaram-se jovens um pouco antes da virada do milênio. A primeira coisa que eles fizeram foi expandir o conceito da juventude, se casando ou começando a trabalhar um pouco mais tare do que antigamente. Eles são práticos, dinâmicos e fazem muitas coisas ao mesmo tempo, em escala global em tempo real. Eles remixaram todas as tribos das gerações passadas.

Assim, não importa o ano em que você nasceu, as músicas que você ouve e nem as roupas que você veste. Minha sugestão é que procure entender, aceitar e acompanhar as evoluções do mundo. Pois essa é a força que faz a vida permitir a mudança.

domingo, 1 de abril de 2012

Tangerina

Artigo publicado na Edição de Abril/2012, Revista Expansão.

Recentemente, meu amigo Ademir compartilhou comigo a história do Buda Siddhartha Gautama e de como podemos comer uma simples tangerina. Ele dizia que podemos viver o momento de duas formas:

Uma, prestamos total atenção a tudo aquilo que estamos fazendo. Observando como tiramos a casca, como estão dispostos os nove gomos, pensando em como a tangerina chegou até as suas mãos, de como ela nasceu de uma árvore, de uma semente, que se alimentou dos elementos terra, água e ar.

A outra forma de comer a fruta é simplesmente engolindo a tangerina, sem prestar atenção naquilo que estamos fazendo, mastigando cada gomo como se fosse qualquer outra coisa. Sem foco. Sem atenção. Sem sentido.

Quantas coisas você tem feito sem prestar a devida atenção?

Será que você tem tido momentos para degustar aquilo que está fazendo com todos os seus sentidos?

Muitos de nós estamos vivendo uma vida em ‘alta velocidade’, em que não há tempo para apreciar cada momento. É como se estivéssemos a bordo um trem bala, em que não podemos olhar a paisagem porque ela passa muito rápido por nossos olhos. Certamente é por isso que muitos tem vontade de gritar: para esse trem, que eu quero descer!

Meu convite a você é para que apenas hoje você preste mais atenção nas coisas que fará. Preste mais atenção ao dar um ‘bom dia’, ao conversar com as pessoas, ao desempenhar uma tarefa no trabalho, ao tomar uma xícara de chá, ao comer um alimento. Mastigue lentamente cada momento, com todos os sentidos do seu ser. Apenas hoje.

Tenho aprendido muito com o meu amigo e mestre Ademir. Ele é certamente um ser à frente do seu tempo. Faça como ele: apenas hoje preste mais atenção ao comer uma tangerina, use todos os seus sentidos nas coisa que faz. Garanto que você terá um dia mais rico, mais completo e mais feliz, e estará construindo uma vida cada vez melhor!